O surdo não vive no silêncio absoluto, na verdade não há desvantagem na surdez quando se fala em comunicação e linguagem, visto que não é a modalidade da língua que define se estamos em silêncio ou não. Os surdos percebem os sons através da vibração, através da observação da movimentação dos outros indivíduos e através do contato corporal com alguém que lhes guie o ritmo e assim por diante.
Os surdos dançam, apreciam e ouvem música a seu modo, têm sensações de barulho, constroem seus mundos e suas subjetividades na e através da língua de sinais, enfim, concebem e redefinem seu mundo através da visão. É uma crença equivocada pensar que a língua de sinais dos surdos é uma língua silente, ou que os surdos vivem num mundo de silêncio total.
"'Séculos atrás, éramos uma caixa de lápis, não seres humanos. Porque os pontos de vista médico e audiológico têm nos impedido de ser vistos em um contexto linguístico-cultural, rótulos arcaicos têm sido colados a nossa língua e literatura - alguns dos quais ainda exitem neste dia e era (Ann Silver, 1999)".
fonte: G ESSER, Audrei. O surdo. In: LIBRAS? Que língua é essa? São Paulo. Parábola, 2009.
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